Durante a orientação para novos pais, peço que orem por nós, pois precisamos da sabedoria de Salomão para tomar boas decisões. Afinal, como digo a eles, "Nós lidamos apenas com os filhos, o dinheiro e a religião das pessoas: o que poderia dar errado?" Essa observação bem-humorada provoca risos, cria um ambiente descontraído e transmite uma verdade importante. Como líderes escolares, lidamos com três das coisas mais importantes na vida dos pais: seus filhos, sua religião e seu dinheiro. E dependendo do que está acontecendo ao nosso redor e do que pode ser dito em uma sala de aula, podemos adicionar a política à mistura. O que poderia dar errado?!
De fato, as coisas dão errado ou são percebidas como erradas. De qualquer forma, muitas vezes pais, professores e administradores se veem em conflito. Meu objetivo neste artigo não é abordar as razões das tensões, que são muitas. Em vez disso, focarei em coisas práticas que podemos fazer para promover parcerias positivas com os pais.
Benjamin Franklin disse que "antes prevenir do que remediar". Esse ditado é verdadeiro para a maioria das coisas na vida. Certamente é verdade quando se trata de fomentar relações positivas com os pais. Muita dor e frustração podem ser evitadas se dedicarmos tempo para prevenir que a tensão se acumule. Aqui estão seis sugestões práticas para fazer isso.
Seja autêntico e envolvente com os pais.
Relações saudáveis exigem trabalho. Isso é tão verdadeiro em uma escola quanto em um casamento. Uma das maneiras mais eficazes de promover relações positivas e parcerias com os pais é relaxar, baixar a guarda (não a prudência) e ser autêntico e envolvente. Deixe de lado qualquer pretensão e não seja focado em si mesmo. Seja genuíno, caloroso e amigável, mesmo quando não estiver com vontade. Foque em conhecer os pais e ser uma bênção—uma fonte de encorajamento, envolvimento e alegria. Um aperto de mão firme, um tapinha nas costas, um sorriso, um pouco de humor no momento certo e uma palavra amável contribuem muito para fomentar relações amigáveis e estabelecer a base para promover uma parceria com a escola. Lembre-se, os pais são pessoas antes de serem pais. Trate cada um como uma pessoa feita à imagem de Deus.
Engaje a experiência e a paixão dos pais.
Convide os pais a compartilharem sua expertise no desenvolvimento de novos programas e na formulação de políticas escolares. Uma maneira eficaz de envolver e fazer parceria com os pais é convidá-los a participar de comitês ou forças-tarefa, ou a liderar iniciativas ou programas específicos. As possibilidades são quase infinitas, variando desde a revisão do código de vestimenta da escola até o desenvolvimento de um programa de apoio e palestras às famílias/alunos. Os pais são muito mais propensos a abraçar e se envolver com a escola quando têm uma voz ativa no desenvolvimento de programas substantivos, em vez de sua participação ser limitada a organizações de serviços de pais, como a APM (Associação de Pais e Mestres).
Estabeleça expectativas desde o início.
Expectativas não atendidas são frequentemente a fonte de conflitos. Contribuímos para isso quando "vendemos demais" aos pais ou falhamos em ser claros sobre os compromissos que estamos assumindo e o que esperamos em troca. Durante a orientação para pais, tenho o hábito de descrever nossos compromissos com os pais e o que esperamos deles. Seguir o princípio de Mateus 18 para lidar com preocupações é uma dessas expectativas. Explico como o princípio é aplicado na prática na escola, entrelaçando a explicação com humor e ilustrações. Também aplicamos o princípio quando surgem preocupações. Com o tempo — e leva tempo — seguir o princípio de Mateus 18 torna-se parte da cultura escolar.
Não confunda política com princípio.
Às vezes, professores e administradores dão um tiro no próprio pé. Tornam-se tão concentrados na aplicação consistente de uma política que se esquecem da razão pela qual a política existe. A política escolar é projetada para promover a missão da escola, fornecendo uma estrutura para orientar, não ditar, como interagimos uns com os outros. Embora a equidade e a consistência sejam importantes, as políticas nunca devem ser uma camisa de força. No final das contas, estamos nos esforçando para transformar vidas. Às vezes, a adesão estrita a uma regra ou política específica é contrária a esse objetivo. Ser sábio e flexível na determinação de se e como uma política particular será aplicada a uma situação específica contribui muito para fomentar o entendimento, relações positivas, parcerias fortes e, em última análise, vidas transformadas tanto pela graça quanto pela verdade.
Tenha "pele de crocodilo", mas um coração compassivo.
Quase sempre, quando um pai "ataca", não é pessoal. Não leve para o lado pessoal e nunca se torne cínico. Como servos de Cristo, é essencial que mantenhamos um coração compassivo para com todos, enquanto desenvolvemos uma "pele de crocodilo" para que as críticas inevitáveis não nos desanimem de cumprir os papéis para os quais Deus nos chamou.
Uma boa comunicação promove confiança, segurança e relações positivas. A comunicação ruim faz o oposto. Promover uma parceria positiva com os pais não se trata apenas dos programas que implementamos, embora esses sejam valiosos. Trata-se de fomentar relações positivas. Essas relações são melhor nutridas ao envolver-se consistentemente e calorosamente com os pais. Quando relações fortes são incentivadas, forma-se uma parceria sólida com a escola. Isso honra o Senhor, transforma vidas e, em última análise, melhora a capacidade da escola de cumprir sua missão.
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Sobre o Autor
Dr. Barrett Mosbacker é diretor da Westminster Christian Academy (Saint Louis, MO). Também é professor adjunto no Covenant College, ensinando gestão escolar no programa de pós-graduação. Antes de seu trabalho na educação cristã, Dr. Mosbacker trabalhou para várias corporações nos EUA e como consultor de gestão para a Legal Services Corp. (Washington, D.C.). Dr. Mosbacker recebeu seu doutorado em liderança educacional da University of North Carolina, Charlotte.