O que Celebrar na Escola Cristã? Reflexão sobre Datas Comemorativas

 

Em meio ao calendário escolar, um dos maiores dilemas enfrentados por escolas cristãs é decidir o que celebrar — e como celebrar. Em uma cultura marcada por datas tradicionais e expectativas familiares, muitas instituições acabam absorvendo festas que não necessariamente refletem os princípios cristãos. Isso é especialmente visível no meio do ano, quando celebrações como as festas juninas ou julinas dominam a agenda educacional. A escola cristã, no entanto, precisa responder com discernimento: toda escolha curricular — inclusive as comemorativas — deve glorificar a Deus, sustentar o aprendizado e formar discípulos. 

  1. O que a escola ensina quando pausa a agenda para comemorar?

Toda celebração carrega uma pedagogia. Ao pausar as atividades regulares para investir tempo, energia e recursos em um evento, a escola está afirmando: “Isso é importante demais para ser ignorado”. Por isso, antes de perguntar “é possível adaptar?”, a pergunta mais honesta e bíblica é: “Isso comunica Cristo, edifica a igreja, fortalece o conhecimento e forma caráter?” 

A escola cristã vive diante da face de Deus e tudo o que faz deve expressar reverência, sabedoria e propósito. “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus.” (1 Coríntios 10.31) 

Quando a escola celebra, ela está formando o imaginário dos alunos, estruturando o senso de tempo e ajudando-os a interpretar o mundo. Por isso, celebrações que comunicam virtudes, memória redentiva, marcos da história cristã ou eventos relevantes do ponto de vista pedagógico podem ser oportunidades riquíssimas de formação. Por exemplo, celebrar a Reforma Protestante com um projeto interativo, ou criar uma Semana da Criação, conectando o conhecimento científico ao relato bíblico, são formas de enriquecer a compreensão do aluno sobre Deus e o mundo. 

  1. Um banco de três pés: discernimento pedagógico com equilíbrio

Ao avaliar a inclusão de uma data comemorativa, a escola cristã pode se valer de um critério tríplice, comparável a um banco de três pés. Quando um desses “pés falta”, o assento se torna instável — e o resultado é um evento que compromete mais do que contribui. São eles: 

  • Teológico: Honra ao Senhor 
    O evento comunica os atributos de Deus, a redenção em Cristo e os princípios da fé cristã? Ele reforça o que a escola acredita sobre a soberania de Deus e o papel da educação no Reino? 
  • Acadêmico: Rigor e relevância 
    O projeto complementa o currículo e aprofunda o conteúdo estudado ou apenas interrompe a rotina? É possível integrar a comemoração ao plano de ensino com objetivos claros e mensuráveis? 
  • Formativo: Virtudes e identidade 
    Essa experiência contribui para o desenvolvimento espiritual, emocional e intelectual dos alunos? Estimula o senso de comunidade e o entendimento do tempo como dom de Deus? 

Uma boa celebração está firmada nesses três pilares. Um evento que é "bonito", mas teologicamente vazio ou desconectado do currículo, pode ser um desperdício de tempo e uma distorção de propósitos. 

  1. Quando a escola vive de eventos

É comum encontrar escolas cuja agenda pedagógica gira em torno de eventos. À primeira vista, isso parece estratégico: movimenta redes sociais, envolve as famílias, gera empolgação. Mas por trás pode haver cansaço, fragmentação do conteúdo, superficialidade e esgotamento da equipe. A escola começa a “viver de evento em evento”, deixando de lado o essencial: formar discípulos que pensem, amem e vivam para Cristo. 

A escola cristã precisa resistir à ideia de que todo mês deve haver uma nova atividade comemorativa. Em vez disso, pode estabelecer eventos fixos por segmento ou série. Por exemplo: o 2º ano celebra o "Dia da Criação", o 5º ano organiza uma Feira da Reforma, o 9º ano promove um Série Histórica sobre Cristãos que Transformaram o Mundo. Isso gera expectativa, organiza melhor o trabalho docente, permite aprofundar conteúdos e reduz a sobrecarga logística da coordenação pedagógica. 

  1. Atenção às festas de meio de ano

Não podemos ignorar que muitas escolas cristãs se veem pressionadas a adaptar as festas juninas ou julinas com novos nomes como "festa da colheita", "festa caipira" ou "festa da roça". A mudança de rótulo, contudo, não transforma o conteúdo. Ser uma escola cristã é assumir posicionamentos claros, não apenas estéticos. Se a motivação não for a glória de Deus e a formação bíblica dos alunos, não há coerência em manter o evento. 

É preciso perguntar: o tempo gasto com ensaios, decorações, figurinos e apresentações está sendo bem investido? Estamos formando alunos no conhecimento de Deus e nos conteúdos acadêmicos — ou distraindo-os com celebrações que, embora visualmente atrativas, não sustentam a missão da escola cristã? 

Por outro lado, se a escola cristã consegue organizar sua agenda de maneira intencional para incluir a "Festa da Colheita", por exemplo, que respeite o critério dos três pés — teológico, acadêmico e formativo —, isso se torna uma excelente oportunidade. Não apenas para envolver a comunidade escolar, mas para apresentar publicamente os diferenciais de um ensino centrado em Cristo, que integra conhecimento, virtude e adoração. Uma celebração com esse perfil pode se tornar um poderoso testemunho da identidade cristã da escola, revelando que é possível ensinar com propósito eterno também por meio da cultura escolar e das festas. 

  1. Celebrações que glorificam e ensinam

Celebrar não está errado. Muito pelo contrário: a Escritura está repleta de festas, memoriais e atos comunitários que celebravam a fidelidade de Deus, a provisão, o livramento e a redenção. O problema não está na festa, mas no foco da festa. Uma escola cristã pode e deve celebrar — mas com discernimento, propósito e reverência. Toda celebração deve ser um ato de adoração, um momento de aprofundamento intelectual e uma oportunidade de fortalecer a comunhão da comunidade escolar. Quando os três pés estão presentes — teologia, aprendizado e formação —, o resultado é um evento que edifica e alegra. 

Conclusão 

A agenda de uma escola cristã deve ser resultado de convicções e não de conveniências. As festas (eventos) não são neutras. Elas transmitem valores, constroem imaginário e formam identidade. Escolher com critério o que celebrar — e o que não celebrar — é uma das marcas de uma escola que entende sua vocação: ensinar com fidelidade à Escritura, rigor acadêmico e compromisso com o Reino de Deus. 

Que cada escola cristã tenha sabedoria para decidir com coragem, temor e alegria. E que, em cada data, projeto e evento, os alunos, professores e pais aprendam que o tempo, a cultura e a vida só fazem sentido quando Cristo é o centro. 

 

As Escolas Cristãs São Realmente Cristãs?


Se você atua ou lidera uma escola cristã, pode parecer óbvio que Cristo esteja no centro de tudo—das conversas entre professores e alunos, das aulas presenciais e até mesmo dos conteúdos online. Afinal, temos uma missão bem definida, não é? Somos uma instituição confessional, e isso deveria permear tudo o que fazemos.

Mas a verdade é que, mesmo com as melhores intenções, a correria do cotidiano, as demandas acadêmicas e os desafios administrativos podem facilmente empurrar a integração da fé para um plano secundário.

A realidade é que a integração da fé na prática educacional não acontece de forma automática só porque atuamos em um ambiente cristão. Ela exige intencionalidade, estratégias práticas e, muitas vezes, capacitação. Nem todo professor chega preparado para incorporar naturalmente uma cosmovisão bíblica em suas aulas, projetos ou abordagens pedagógicas. E sem orientação, isso pode se tornar algo esporádico ou superficial—fazendo com que o aluno não perceba diferença entre estar em uma escola cristã e em uma escola secular.

Foi por isso que decidi tornar a missão da escola o alicerce da verdadeira integração da fé. Mas isso vai além de fixar metas. Significa oferecer aos professores os recursos, o apoio e o treinamento necessários para que os princípios bíblicos ganhem vida dentro da sala de aula. O ambiente educacional cristão deve ser visivelmente diferente. Os alunos precisam ver a fé em ação—e os professores são os principais agentes dessa vivência. Muitas vezes, eu os considero líderes espirituais de linha de frente, tamanha é sua influência na vida dos estudantes.

 

Então, como promover uma cultura de verdadeira integração da fé?

1. Reforce a missão constantemente
Toda reunião de equipe pedagógica e coordenação começa com a leitura e reflexão da missão da escola. Costumo utilizar um diagrama simples para mostrar que a missão não é apenas um enunciado bonito: ela deve orientar nossas decisões e condutas. E isso vale tanto para os alunos quanto para os professores. Incentivo os docentes a pensarem: Como posso liderar e servir como Cristo faria? Essa reflexão nos ajuda a manter a missão viva e prática.

2. Alinhe as avaliações com a missão
Desafiamos nossos professores a integrar a missão da escola em suas avaliações e práticas pedagógicas. Por exemplo, professores da área de liderança educacional usam critérios que avaliam como os alunos estão internalizando e aplicando uma cosmovisão cristã. Preparar futuros educadores cristãos significa formá-los para pensar criticamente, liderar com integridade e aplicar sua fé aos desafios da vida real.

3. Estabeleça expectativas claras nos relacionamentos
Uma de nossas convicções mais fortes é que o professor deve refletir o caráter de Cristo em cada interação com os alunos. Isso inclui tratar todos com dignidade, falar a verdade com amor e promover tanto o crescimento acadêmico quanto o espiritual. Também levo essa reflexão aos alunos: como eles podem viver a missão da escola em suas atitudes e relacionamentos?

4. Inclua a missão nas avaliações de desempenho
Nosso processo de avaliação docente considera não apenas o desempenho acadêmico, mas também o envolvimento com a missão da escola. Os professores estabelecem metas anuais alinhadas com a missão institucional, e essas metas são revisitadas na avaliação. Autoavaliações, feedback dos pares e avaliações dos alunos contribuem para esse processo.

5. Cultive uma cultura de oração e crescimento
Criamos rotinas que mantêm a equipe espiritualmente conectada. Todas as segundas-feiras, iniciamos o dia com um breve momento de oração em grupo chamado “Conexões”. Além disso, realizamos mensalmente o “Encontro”, onde refletimos juntos sobre uma leitura comum, conduzida por diferentes professores. Esses momentos fortalecem nossa comunhão e nos desafiam a crescer como educadores cristãos.

 

Ao focar nessas práticas, garantimos que nossos professores estejam não apenas ensinando conteúdos, mas também modelando uma liderança cristã transformadora. E é isso que forma alunos preparados para liderar com fé, sabedoria e serviço onde quer que forem.

Integrar fé à educação não acontece por acaso—exige esforço intencional e contínuo. Mas quando feito com excelência, transforma não apenas a forma como ensinamos, mas também como nossos alunos vivem sua fé.

A fé cristã não é apenas um discurso—ela é vida encarnada. E em uma escola cristã, é nosso chamado modelar essa fé todos os dias. Com a mentalidade certa, formação adequada e uma cultura de responsabilidade mútua, podemos manter Cristo no centro de tudo, moldando mentes e corações para o Reino de Deus.

 


Sobre o autor
Dr. Kurt Kreassig tem mais de 27 anos de experiência na educação cristã, atuando como professor, diretor, treinador de professores e reitor universitário. É conhecido por sua liderança inovadora, foco na formação docente e por resultados expressivos na melhoria da qualidade educacional. Em 2013, liderou o curso de formação docente da Regent University, que saiu do último quartil estadual para o 1º lugar na Virgínia e o 95º percentil nacional em apenas três anos—posição mantida até hoje. É atual reitor da School of Education da Regent University. Doutor em Educação (Ed.D.), com diversas formações complementares, ele é apaixonado por alinhar missão, formação acadêmica e liderança cristã.

Bett Brasil 2025

Bett Brasil define seu tema central para 2025: “Educação para enfrentar crises e construir futuros regenerativos”

A 30ª edição da Bett Brasil será realizada de 28 de abril a 1º de maio de 2025, no Expo Center Norte, em São Paulo; inscrições já estão abertas

 

Futuros regenerativos. Uma das vertentes do pensamento regenerativo é a transformação do conhecimento em sabedoria. Outro aspecto importante: a identificação de tendências e a preparação para o que está por vir. Ou seja, a partir dos danos já causados, fomentar o crescimento saudável e resiliente de forma contínua. Com base nessas premissas, a Bett Brasil, maior evento de Tecnologia e Inovação para a Educação da América Latina, definiu seu tema central para 2025: “Educação para enfrentar crises e construir futuros regenerativos”. Alinhado à ideia de construção de futuros regenerativos, a proposta é debater os diversos campos da atividade humana, envolvendo o enfrentamento das crises que permeiam a humanidade neste primeiro quarto de século.

 

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Inscreva-se para o Congresso Educação Básica, Fórum de Gestores ou Fórum Ahead by Bett

Ao destacar que a Educação será a chave para enfrentarmos as crises do nosso tempo, o objetivo é fomentar uma relação de prevenção e conscientização nos painéis e rodas de debate. Com conhecimento antecipado, atores e organizações educacionais poderão desenvolver estratégias de tomada de decisões com base em cenários de hoje e futuros, para explorar diferentes caminhos e se adaptar às mudanças rápidas e incertas.

Norteados pelo tema central, a Bett Brasil 2025 apresentará subtemas a serem abordados ao longo dos quatro dias do evento, ancorados nas crises sociais, ambientais e econômicas que impactam, direta ou indiretamente, a educação brasileira e mundial.

O subtema ‘Crise Climática’ abordará futuros sustentáveis, educação climática e ambiental nas escolas. Inevitável que o maior evento de tecnologia e inovação da América Latina faça uma imersão nas “crises” geradas pelos impactos da ‘Inteligência Artificial’ em todos os níveis educacionais. Serão discutidos temas como E-pedagogia, fake news, educação midiática, personalização do ensino, aprendizagem individual, cases de uso da IA, suas implicações para educadores, estudantes e instituições, o enviesamento de algoritmos e a reorganização dos espaços de aprendizagem.

Outro tema urgente é a acentuada crise de ‘Saúde Mental’, com abordagens sobre a relação família-escola, a interferência no clima escolar, o bullying, a ansiedade individual e coletiva, o medo de não conseguir acompanhar os acontecimentos (FOMO) e ainda os impactos das redes sociais e do excesso digital.

Ainda sobre Saúde Mental, o evento se propõe a apresentar soluções, a partir de discussões e cases sobre a relevância do autoconhecimento, da plasticidade emocional, do mindfulness e do controle sobre as emoções. De forma global, avaliar também o comprometimento das empresas do segmento educacional com a promoção da saúde mental de seus colaboradores.

Serão mais de 450 palestrantes ao longo de quatro dias de evento.

Foto: Reprodução/Bett Brasil

Amplamente discutido nos meios acadêmicos e na prática educacional, o 'Aprender a Fazer' é ainda tema atual e vertente crucial para esclarecer as lacunas existentes na educação profissional e no ensino superior, especialmente no que diz respeito à empregabilidade e às expectativas do mercado em relação aos jovens, em consonância com o Novo Ensino Médio e as parcerias entre empresas e instituições de ensino, uma lacuna ainda existente e que não está plenamente coerente com as demandas atuais do mundo do trabalho.

Outro subtema de extrema relevância que a Bett Brasil 2025 abordará é o 'Acesso, a Permanência e a Equidade na Educação'. Esse é um ponto crítico onde se manifestam as “crises” plurais das desigualdades, seja entre os setores público e privado, social, econômico ou cultural, além de questões relacionadas à evasão escolar, educação em tempo integral, alfabetização, neurodiversidade, educação antirracista, indígena, quilombola e ribeirinha.

Todos os subtemas estão interligados por aspectos convergentes que permeiam a Educação. Um dos mais sintomáticos é o 'Desenvolvimento Humano', das causas às consequências que afetam estudantes, professores, gestores e lideranças. Assunto essencial ainda para a formação inicial e contínua dos educadores, que envolve questões como educação sexual, financeira e competências socioemocionais. Dentro das perspectivas abordadas, também a crescente valorização dos Recursos Humanos nas escolas e instituições educacionais.

Este é o conjunto dos múltiplos diálogos que serão proporcionados pela Bett Brasil em 2025, na sua 30ª edição, de 28 de abril a 1º de maio de 2025, no Expo Center Norte, em São Paulo, com a colaboração de renomados especialistas, educadores, formadores de opinião e influenciadores brasileiros e internacionais. A visitação é gratuita.

 

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Eventos para Impulsionar a Educação em 2025

Nos dias de hoje, o cenário educacional se encontra em constante transformação. A busca por inovação, adaptação e posicionamento exigem que educadores, gestores escolares e instituições se mantenham em constante capacitação. A formação contínua, especialmente por meio de eventos educacionais, torna-se uma ferramenta fundamental para a construção de um sistema educacional que responde aos desafios e antecipa soluções transformadoras.

Eventos educacionais oferecem uma oportunidade de aprofundar o conhecimento, expandir redes de colaboração e estar em sintonia com as melhores práticas pedagógicas. Para educadores cristãos, esses momentos de aprendizado e reflexão são cruciais para garantir que o ensino se mantenha fiel aos princípios bíblicos, ao mesmo tempo em que corresponde aos desafios do mundo contemporâneo. Em 2025, dois grandes eventos se destacam no calendário educacional: a Bett Brasil, que ocorrerá de 28 de abril a 1º de maio, em São Paulo, e o Congresso Nacional de Educadores Cristãos (CNEC), programado para os dias 2 e 3 de maio, em Alphaville – SP.

Além do aprendizado teórico e prático, a participação em eventos educacionais oferece a interação com outros profissionais da área. Em um evento, educadores, gestores, líderes escolares e especialistas se reúnem para compartilhar experiências, desafios e soluções. Esse contato é uma oportunidade única de aprender com os melhores, trocar ideias e expandir a rede de contatos profissionais.

As trocas de experiências enriquecem a prática pedagógica, pois permitem que o educador veja como outras instituições e profissionais lidam com questões semelhantes. Ao conhecer realidades distintas, novas abordagens e soluções inovadoras, ele se torna mais apto a adaptar essas ideias à sua própria escola ou sala de aula. A interação com outros educadores fortalece a rede de apoio entre os profissionais, criando um ambiente colaborativo e sustentável para o desenvolvimento educacional.

Bett Brasil 2025

A Bett Brasil 2025, marcada para ocorrer de 28 de abril a 1º de maio no Expo Center Norte, em São Paulo, tem como tema central "Educação para enfrentar crises e construir futuros regenerativos". Este evento visa explorar como a educação pode ser a chave para superar os desafios atuais e moldar um futuro mais sustentável e resiliente. Serão discutidos subtemas como crise climática, inteligência artificial, saúde mental, aprendizado prático, acesso e equidade na educação, e desenvolvimento humano, todos fundamentais para a construção de um sistema educacional mais adaptável e inovador. A Bett Brasil 2025 oferece uma programação diversificada, incluindo:

  • Congresso de Educação Básica: Focado em práticas pedagógicas inovadoras e estratégias para aprimorar o ensino fundamental e médio.
  • Fórum de Gestores: Destinado a líderes educacionais, abordando temas como gestão estratégica, saúde mental e o uso de tecnologias na administração escolar.
  • Fórum Ahead by Bett: Voltado para a educação superior, discutindo tendências e desafios específicos desse segmento.

Além disso, o evento contará com espaços como a Arena de Educação Pública e a Arena Startups, proporcionando uma visão abrangente das diversas facetas da educação.

A ACSI BRASIL convida educadores, gestores e líderes escolares a participarem da Bett Brasil 2025. A inscrição como visitante é gratuita e oferece acesso à feira e a diversos conteúdos. Para participar de fóruns específicos, como o Congresso de Educação Básica, o Fórum de Gestores ou o Fórum Ahead by Bett, é necessário realizar uma inscrição paga.

 

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CNEC 2025

O Congresso Nacional de Educadores Cristãos (CNEC), promovido pela ACSI BRASIL, é uma oportunidade ímpar para educadores cristãos se reunirem e refletirem sobre o papel fundamental da educação no Reino de Deus. Realizado a cada dois anos, o CNEC tem se consolidado como um evento essencial para capacitar profissionais que, além de ministrar conhecimento acadêmico, têm a missão de formar discípulos e líderes comprometidos com as verdades bíblicas.

Em 2025, o CNEC será realizado nos dias 2 e 3 de maio, na Igreja Batista Memorial de Alphaville – SP, com o tema "SOMOS UM: Muitas peças contando a mesma história". Esse tema convida os educadores cristãos a refletirem sobre o poder da unidade no Corpo de Cristo, reforçando o papel da igreja e das instituições educacionais na construção de uma sociedade que glorifique a Deus.

Em uma sociedade marcada pela diversidade de vozes e necessidades, a educação cristã se torna uma peça chave na formação de uma geração que compreenda sua identidade em Cristo e viva de acordo com os princípios bíblicos. O CNEC é um evento de renovação do compromisso com a missão de educar com excelência acadêmica e uma cosmovisão cristã. Ao longo de sua programação, o congresso oferecerá workshops, palestras e painéis de discussão focados em temas relevantes para os educadores cristãos, como o desenvolvimento de currículo bíblico e práticas pedagógicas alinhadas ao evangelho.

O CNEC 2025 busca cumprir três objetivos principais: formação, comunhão e desenvolvimento. Este congresso promove a formação contínua dos educadores, o fortalecimento da rede de apoio entre educadores cristãos e a capacitação para formar discípulos e líderes preparados para influenciar positivamente a sociedade.

Participar do CNEC é investir no desenvolvimento profissional e no fortalecimento do chamado de cada educador cristão. Não perca a chance de fazer parte dessa história. Inscreva-se para o CNEC 2025 e se prepare para um tempo de capacitação, renovação e comunhão que fortalecerá ainda mais sua missão educacional.

 

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A participação em eventos como a Bett Brasil 2025 e o CNEC 2025 é essencial para o desenvolvimento contínuo da educação, seja no contexto da inovação pedagógica ou no fortalecimento da educação cristã. Ambos os eventos oferecem uma plataforma única para educadores, gestores e líderes escolares aprofundarem seu conhecimento, atualizarem suas práticas e refletirem sobre a missão que têm como formadores de vidas. Esses eventos são fundamentais para aprimorar a formação dos educadores e contribuir diretamente para a evolução das escolas cristãs.

Agora é o momento de agir. Inscreva-se para a Bett Brasil 2025 e o CNEC 2025. Aproveite os benefícios desses eventos para sua jornada profissional e espiritual. Ao participar, você estará contribuindo para a transformação do cenário educacional em todo o Brasil, alinhando práticas pedagógicas inovadoras com os princípios que sustentam nossa fé.

Faça sua inscrição, participe ativamente, reflita sobre sua missão e seja um agente de transformação na educação cristã. Juntos, podemos construir um futuro educacional que honra a Deus.

A Escola Cristã e o Carnaval

A educação cristã não é apenas um processo de transmissão de conhecimento acadêmico, mas uma jornada de formação integral que envolve o espírito, a mente, o coração e, finalmente, nossas ações. Dentro desse compromisso com a verdade revelada por Deus, torna-se essencial que a escola cristã avalie de forma criteriosa a maneira como aborda eventos culturais, como o carnaval. A resposta da escola não deve ser superficial ou meramente reativa, mas embasada em uma compreensão profunda da cosmovisão bíblica, ajudando os alunos a discernirem entre o que glorifica a Deus e o que se opõe à Sua vontade. 

 

O Carnaval e a Perspectiva Bíblica 

O carnaval, como manifestação cultural, tem suas origens históricas vinculadas a festividades pagãs e ao sincretismo religioso, sendo frequentemente associado à exaltação da sensualidade, da embriaguez e da inversão de valores morais. Embora seja promovido como uma expressão de alegria e liberdade, a perspectiva bíblica nos leva a uma reflexão mais profunda sobre o que significa a verdadeira alegria. Conforme Gálatas 5:22-23, a alegria é um fruto do Espírito e não pode ser confundida com uma busca desenfreada pelo prazer momentâneo. A escola cristã, comprometida com a formação de seus alunos, deve equipá-los para discernirem entre entretenimentos que edificam e aqueles que desviam o coração da verdadeira adoração ao Deus Trino. 

 

A Teologia da Cultura e a Soberania de Deus 

Toda forma de aprendizado deve reconhecer a soberania de Deus sobre a criação e sobre o conhecimento humano. A educação não é neutra; ela sempre carrega pressupostos sobre a realidade, o bem e o propósito da vida. Dessa forma, o carnaval não pode ser tratado como um evento isolado, mas deve ser analisado dentro de um contexto maior, que envolve a cosmovisão cristã. Ao longo da história, essa festividade tem refletido padrões e valores que contrastam com a ética do Evangelho. 

Na carta aos Romanos ouvimos a advertência: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12:2) Essa renovação da mente exige uma educação que prepare os alunos a questionarem e interpretarem os elementos culturais sob a lente das Escrituras, ajudando-os a não apenas rejeitarem influências prejudiciais, mas a desenvolverem um pensamento crítico fundamentado na Bíblia.  

 

A Formação Integral do Aluno e o Discipulado 

A educação cristã não se limita à transmissão de informações; seu objetivo final é formar homens e mulheres que vivam para a glória de Jesus Cristo. Esse princípio se reflete na forma como a escola aborda questões culturais, incluindo o carnaval. A resposta não deve ser uma simples proibição, mas um ensino intencional que mostre como cada área da vida — cultura, lazer, arte, tradições — precisa ser submetida ao senhorio de Cristo. 

Em vez de apenas negar a participação nos eventos carnavalescos, a escola deve incentivar práticas que fortaleçam o discernimento bíblico e a vivência de valores que refletem uma fé autêntica. O professor exerce um papel fundamental nesse processo, conduzindo discussões que ajudem os alunos a compreenderem o chamado para uma vida santa, distinta dos padrões do mundo, conforme 1 Pedro 1:15-16: “Sede santos, porque eu sou santo.” 

Ainda que seja possível reconhecer traços da graça comum na criatividade empregada na confecção de carros alegóricos e na narrativa construída por neste evento, é notório que seu intento afronta a verdade. O fato é que a criatividade, quando desvinculada da verdade de Deus, pode ser usada para fins antagônicos à vontade do Senhor.  

 

Alternativas Coerentes: O Papel da Escola, da Igreja e da Família 

A escola cristã, ao lidar com o carnaval, deve ir além de uma mera substituição festiva e promover crescimento espiritual genuíno. Algumas abordagens incluem: 

  • Semana de Oração: Um período dedicado ao ensino e práticas espirituais, incentivando a reflexão sobre santidade, obediência a Deus e o chamado para uma vida piedosa. 
  • Projeto sobre Cultura e Cosmovisão: Uma análise crítica das manifestações culturais, contrastando os valores bíblicos com os padrões do mundo e capacitando os alunos a tomarem decisões fundamentadas na Palavra de Deus. 
  • Celebração da Verdade: Um evento que enfatize a alegria genuína encontrada em Jesus, promovendo virtudes como pureza, moderação e serviço ao próximo. 

 

A igreja e a família têm papel primordial no discipulado das crianças, ensinando-as a viver uma vida que glorifique a Deus em todas as esferas. Os pais são chamados a serem os principais mestres espirituais de seus filhos (Deuteronômio 6:6-9; Efésios 6:4), complementando e reforçando o ensino da escola cristã. 

O ensino cristão precisa ser transformador, conduzindo os alunos a um relacionamento autêntico com Jesus, que impacte não apenas o que sabem, mas como vivem. Dessa forma, não basta rejeitar o que é mundano; é preciso formar uma geração capaz de enxergar a cultura com discernimento, mantendo-se firmada na Palavra e comprometida com a glória de Cristo.